sábado, março 15, 2008

O nascer e a vida.

Depois que meu sobrinho nasceu, eu -para variar- fiquei muito pensativa sobre a bizarrice que é ter filho.

Pense bem, analizando sob um ponto de vista extraterrestre, uma célula é formada a partir do encontro de dois líquidos com muitas outras meias-células. Então duas meias-células ao se encontrarem formam uma célula só (seria este o princípio ridículo da 'metade da laranja + outra metade da laranja = uma laranja feliz?)

Uma criatura que a princípio ninguém sabe se é um rato ou um coelho, se forma e cresce durante nove meses.
Se a mãe fumar, a criatura tb fuma; se a mãe beber, a criatura também bebe.
Depois de um certo tempo o serzinho começa a incomodar a mãe chutando-a e debatendo-se dentro dela.

Então, o filhote dá um chute fodástico, arrebenta tudo que o envolve (tá, nem tudo), é expelido pela vagina (por onde tb sai xixi e sangue). E se não conseguir ser expelido pela vagina, a barriga da mãe é rasgada e a criatura é tirada dali de dentro. E além de tudo o que a progenitora passou, ela ainda por cima morre de dor para tocar o ser fora de dentro de si. Depois de expelí-lo fica um mês menstruada ( rááá isso nunca te disseram no colégio né?), que de toda esta loucura é a maior injustiça da natureza.

Se o serzinho perder o contato com a mãe pelo fiozinho, e entrar em contato com o ar ele passa a viver.

E por estar vivo, chora. Porque a primeira sensação que se tem quando nasce é dor (os pulmões descolam).
Depois de nascido, algumas pessoas viram ele de todos os jeitos. Jogam uma luz nos olhos dele, colocam um negocio gelado no peito(estetoscópio), e o entregam para progenitora.

Isso é, no mínimo, bizarro.

Um comentário:

Wagner Sabbado da Rosa disse...

É o mundo em que vivemos, quer sair daqui?