quinta-feira, setembro 27, 2007

E assim nasceu o amor.

Eu tenho uma teoria sobre o surgimento do amor.

A princípio nossos antepassados não amavam. Então, num belo dia de sol, em algum lugar do globo, num útero, no zigoto que lá havia, ocorreu uma mutação. Sim, agora havia um gene que seria responsável por expressar sensações neuroquímicas diferentes das existentes.

Este ser nasceu. Desenvolveu-se ridicularmente igual aos outros primatinhas. Mas foi no dia em que uma primata fêmea esbarrou mais forte nele que o gene começou a ser expresso. Uma mensagem foi mandada à todas as células neuronais, e proteínas diferentes das que existiam passaram a ser produzidas. Foi um efeito em cascata!

Ele passou a agir diferente com a fêmea em relação aos outros primatas. Suas atitudes eram mais valorizadas por ela, e mais rapidamente que o normal, eles procriaram.
Nem todos os novos primatinhas herdaram o gene para o amor.
Passado um tempo a primata mãe, largou o primata que sabia amar. Sim! Ele acabara de descobrir que sua mutação não era nada favorável. Ele sofreu de uma depressão indescritível, ficou hermo e foi a óbito.

E foi assim, contrariando as leis da Seleção Natural de Darwin que o amor passou a perna em todos nós. O gene dominante parecia ser uma boa caracterísca, mas seus efeitos colaterais só apareceram depois que os primatas tinham suas proles.

terça-feira, setembro 18, 2007

O vizinho culto

Faz uns dias eu tenho observado um vizinho meu.
No caminho usual que faço para a faculdade ( Federal de Ciências Médicas, eu tenho que sempre dizer porque foi difícil de passar para lá), eu desço um morrinho cuja a minha direita tem um parque pequeno, com árvores espaçosas, alguns brinquedos e alguns moradores. À minha esquerda a medida que desço tem grama, um viaduto e embaixo deste uma parada de ônibus.
Bom, praticamente todas as mahãs eu faço este trajeto, e observei por umas três vezes que na grama à esquerda tem um cara que fica sentado lendo. Ele usa roupas bem simples, e geralmente está descalso.

Na vez primeira que passei por lá, pensei que poderia ser algum estudante de Filosofia da UFRGS, já que o rapaz era trajado simplóriamente e lia um livro grosso. Outros dias se passaram e eu o via sempre com um livro diferente ( dias não subseqüentes se passaram).
Até que numa manhã de frio eu passei pelo parque, como sempre, e lá o vi: dormindo com os outros moradores do parque.
Pensei que ele deveria ou fazer Filosofia e Assistência Social, o que era pouco provável ou era louco. Não...nenhum nem outro, este leitor ávido de livros de volume considerável é meu vizinho. Sim, ele reside naquele parque. Junto dos que fumam maconha, com o vira-lata que toma sol no meio da calçada sem dar a mínima para os outros mortais, com os balanços e árvores.

Pensei que deveria registrar isto aqui. Um morador de parque que lê. Isso é no mínimo entusiasmante.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Perdi a batalha, mas vencerei a guerra!

Ainda lembro-me bem do dia em que cheguei na casa de minha tia e ela veio me mostrar uma coluna da ZH do Davi Coimbra. A coluna tratava sobre formigas. Sim, uma praga generalizada e irremediável de Porto Alegre. Era inverno quando li o texto, e nesta época na casa da minha tia ainda não haviam formigas. O Davi contava sobre todo um esforço de decoração da cozinha e da sala de jantar que ele teve que fazer para evitar que os tais minúsculos insetos lhe fizessem compania no café da manhã, ou até mesmo para que não virassem seu café da manhã. Ele também comentou sobre os túneis secretos e invisíveis que os animaizinhos traçam invisivelmente que levam aos lugares mais inesperados da sua geladeira.

Eu olhei sériamente para minha tia após ler a coluna e disse algo do tipo " você não espera que eu acredite nisso, não?". Eu havia terminado de pronunciar minha sentença. Eu tinha esquecido apenas de enfiar-me a faca no peito. Não demorou um mês para os próximos dias quentes, e eu ainda residia na minha tia. A partir destes dias, durante todos os dias de temperaturas anômalas ao inverno eu não mais tomaria café da manhã sozinha,e não mais apenas tomaria café da manhã eu também tinha uma nova missão: defender com o indicador o meu desjejum!
Sim! lá estavam elas, depois de uma longa caminhada, sabe-se lá por onde, pontualmente às 6h20min da manhã na mesa da sala de jantar prontas para atacar minha comida, e eu pronta a esmagá-las sem piedade. Havia uma patrulha delas também na cozinha, aliás, lá localizava-se o 2°Comando.
O interessante é que eu tenho uma prima bióloga, então por tabela eu até tinha uma certa indiferença às formigas - ao contrário do meu ódio mortal pelos insetos- mas depois daquelas manhãs sofridas de luta pela alimentação saudável sem doses extras de quitina viva, havia começado uma guerra infindável a tais insetos.

Eu não agüentava mais matá-las. Era como num filme de terror onde o monstro de múltiplica quando você o mata, tal e qual aquela serpente de três cabeças que ( se eu não me engano) Hércules matava e uma e nasciam duas; assombrante. Passei a tomar café da manhã no sofá da sala, entretendo-me entre equilibrar o prato no colo e segurar a chícara de café. Logo os dias passaram,e eu me mudei. Minha cozinha inicialmente não tinha nada de muito interessante. Várias vezes, à noite, eu ligava para minha mãe para contar do meu dia e dizia a ela que não havia como medir a felicidade de tomar café literalmente sozinha. Isso, é claro, ocorreu no meio do inverno. E eis que, num belo dia de frio eu levanto-me ainda adormecida; tiro o bule da cafeteira e sem querer a desloco um pouco. Coçei os olhos, derrubei o bule na pia: não era possível! Mas sim, não uma, não duas, mas cinco formigas!! Embaixo da minha cafeteira ( detalhe, açúcar na minha casa é um ítem que não existe...vivo de adoçante porque dá cancer)!!

A guerra não havia acabado; apenas uma batalha. Elas demoraram 2 meses para me achar. E não duvido que sejam as mesmas da casa da minha tia que tenham caminhado toda a extensa João Pessoa atrás do meu café.
Minha vida mudou. Pela manhã além de tomar café agora tenho um hobbie: pensar em formas cruéis de matar formigas. Elas ficam na pia, e não sei como elas chegam ali, mas é bem interessante ver quanto tempo elas suportam ficar nadando no desinfetante ( Muahahaha).

Elas desistiram da pia ( curiosamente foi após eu tâ-las molhado com álcool e ateado fogo nelas e por pouco no meu apartamento todo). Agora sobem na minha mesa. Pois bem, comprei uma toalha impermeável para poder limpar todos os dias e, lembrei do Davi Coimbra, mudei a mesa de lugar para evitar que elas subissem. Assim, após verem alguns cadáveres esmagados de suas irmãs de combate que morreram por nenhuma migalha na toalha de mesa limpa, elas sumiram.
A paz novamente reinava no meu JK. E hoje, eu me dediquei a escrever este post. Óbviamente eu não escreveria sobre formigas por outro motivo senão este: elas estão na minha despensa. E eu chamo reforços! Alguém sabe algum remédio para eliminar formigas??

segunda-feira, setembro 10, 2007

É bom saber

Bom, eu bem sei que se nós quisermos que nossa vida valha a pena teremos que ralar.
Você pode contentar-se com aquele empreguinho que até paga bem mas deixa-te com sono o dia todo, ou você pode passar um tempo no empreguinho, gastando seu dinheiro em bons cursos para um dia trabalhar naquele empregão que nem te pagará tão bem, mas te fará uma pessoa melhor.

Aquela história de que muitas pessoas passam na sua vida por acaso, mas nem todas ficam por acaso, é verdade.
É bom saber que não valhe a pena manter em sua vida pessoas que fazem-te feliz num dia e triste em dois outros, mesmo que você as goste muito. Valhe mais a pena sentir saudades uma semana, um mês ou um ano inteiro de alguém que você só poderá ver poucas vezes mas sabe que todas as vezes que o verá valerão muito a pena. E é também bom estar precavido quanto às relações fulmminantes que aparecem por aí, assim como vêm, vão. Assim como o deixam feliz, o entristecem; tanto o fazem sorrir uma semana inteira quanto chorar desesperadamente durante um mês infindável. No entanto, estar precavido não significa necessariamente evitar tais relações e sim, saber quando dar final a elas para que não lhe consumam mais do que você agüenta.

Também é bom saber, que valhe sempre a pena investir naqueles que você gosta. Ter esperança é sempre maravilhoso, investir nela então é algo memorável. Mas faça sempre isso sabendo que só valhe por pessoas que tu acreditas que fariam o mesmo por ti...e se vires que não é recíproco, é melhor saber a hora de parar.

É igualmente bom saber que tuo na vida que valhe muito a pena requer muito esforço. Estar com quem você gosta deve valer cada dia de saudade. Estudar até tarde deve ser equivalente a cada nota, cada proposta alta. Imaginar surpresas para os outros deve valer cada sorriso dessa pessoa ao ser surpreendida.
E se vires que o que estás fazendo de sua vida não está o fazendo feliz, e nem valendo o esforço de ser entediante, é sempre bom saber que está na hora de correr atrás do que te faz feliz e desejas.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Apaixonar-me-ei toda semana por um novo amor à primeira vista.