Algumas Constatações

Agora que estou quase de férias, tenho visitado muitos blogs. Ontem, eu comecei a ler a Origem da Tragédia de Nietzsche, pela segunda tentaiva de concluir o livro e percebi, também pela segunda vez, quão maravilhoo é um livro. Eu estava escorada na parede gelada, sentada na cama, morrendo de fome e deprimida demais para cozinhar. A noite era de neblina, a música era irritantemente dançante e me fez desligar o rádio porque não consigo mais nem mesmo dançar sozinha no meu ap. Então como sempre sou vítima da tentação de descer mais no poço, eu puxei da gaveta um livro de Nietzsche, o qual eu não recomendo que leiam em períodos de crise existencial ou de crise sob valores humanos.

Comecei lendo aquela introdução banal sobre o autor. Ele escreveu aquele livro quando estava na guerra servindo como enfermeiro voluntário. Então pensei: estou lendo as palavras, a mente e o pensamento de um filósofo que estava numa tenda cheia de enfermos, sem computador, sem aparelhos de monitoramemnto, sem notebook, pendrive e principalmente sem paz! Nossa isso é magnífico! Então me deu sono e não continuei a ler...

Bom, hoje aqui na faculdade, depois de uma prova lamentável de química dos alimentos, eu fui olhar uns blogs e cheguei a constatação de que é praticamente unânime o conceito de que ser ignorante é ser feliz e o desejo de saber cada vez menos para sorrir cada vez mais. Eu até pensei em escrever sobre isso, mas é uma assunto já manjado. Chega de falar dos meus palnos de era glacial para o brasil. Eu tenho a teoria de que o frio impulsiona a inteligência, e de certa forma a minha teoria foi comprovada pela teoria da evolução, mas enfim...

Aquela sensação de ter nascido no século errado tem me afligido novamente. Hoje entrei num elevador lotado, e quem sofre da Crise do século errado sabe que o elevador é o melhor local para constatações de erro na linha do tempo, eu como gentil dama educada cumprimentei as pessoas e juro que se tivesse um grilo ali eu teria ouvido um "cri-cri". O silêncio foi ensurdecedor. Então, quando chegou no meu andar e no de mais cinco bossais cavalheiros eu fui quase que atropelada para conseguir sair do elevador, e como se nao bastasse , quase expremida pela porta. Para enriquecer meu dia, eu lembrei de como sou esquecida e fazendo jus a este título cheguei uma hora antes da prova. Sentei num banco do lado de fora da faculdade e fiquei pensando que educação e gentileza não são clichès do século passado para serem deixadas de lado deste jeito. Lembrei de um filme maravilhoso que eu vi, Possessão, em que homens e mulheres demoravam quase uam vida inteira para se abraçarem mais forte. Isso sem dúvida fazia do relacionamento algo muito mais profundo, pois ninguém entrava neste barco do relacionamento sem conhecer bem a outra pessoa. Imagine que maravilha! E sem contar, que mulheres não teriam as crises de falta de beijo em que tantas se rebaixam por qualquer atenção, nem as crises de falta de sexo que eu nem comento aqui, porque todos sabem que tem certas tipas por aí que topam qualqueeer coisa.

E, outro dia quando eu fui ao Santander Cultural eu vi os arquivos do banco. O primeiro banco! Aquelas letras magníficas, em livros enooormes de transferência bancária. Tinha também uma exposição de um filme muito antigo, um vestido de cetim branco e cartas celadas com aquela cera e anel. O trabalhoe capricho que se davam as pessoas para se corresponderem. Tudo na maior perfeição. Cada delicadeza, flores, luxos, intenções...

Mas de qualquer forma, este post era para dizer como eu me via, mas já nem quero mais falar sobre isso. E ele entra na categoria de post inútil porque é só uns escritos de uma insandesida saudosista do séc XIX que não vai conseguir fazer a população mundial voltar no tempo.

Eu definitivamente não consigo concluir uam linha de pensamento.