sexta-feira, maio 18, 2007

Sem sentido

Eu ainda não consigo separar meu blog dos meus sentimentos...lamento mesmo. Pergunto-me porque escrevo aqui. Deve ser porque estou sempre no computador e não tenho tempo nem pulso ( leia-se tendinite) para escrever um diário, embora eles sejam mais românticos, ou porque eu tenho esperanças de que alguém possa ler e levar algo para sua vida.

Em outros blogs meus, as pessoas: liam, não comentavam e tinham a cara-de-pau de vir me puxar nas festas e ruas para dizer que adoram o ler. Na verdade eu ficava feliz por dizerem isso,mas seria bem menos estressante ter estranhos me puxando.

(Isso aqui não tem margem de parágrafo!! ggrrrr)

Hoje eu voltei para caxias, e na sexta é quando eu mais me dedico a tentar pensar. Pela manhã em POA fui a uma loja de antigüidades. Fiquei pensando em quanto as pessoas trabalharam para comprar aquelas porcelanas importadas, taças de cristais, sapatos, penas de avestruz, livros e mais livros, os vestidos para ir a festas se divertirem, as roupas que usavam quando conheceram aquele ser com quem se casariam no futuro, para ,agora, após as suas mortes, seus descendentes venderem sem a menor consideração por tudo o que foi vivido. ( sim eu deveria fazer História e não Nutrição)

E todas as histórias e sentimentos que aqueles objetos fizeram parte. Dúvido que dos livros do Maneco que tinham lá nenhuma moça no auge de sua dor de cotovelo tenha lido e chorado por ele não mais viver. Eu fiz isso! Mas minha edição é de capa sintética, reduzida e sem capricho, acha-se antes dos caixas do Záfari.

Eo que acontece com tudo o que vivemos? São perguntas inúteis, ninguém vai me responder. Mas será que por isso eu não as devo fazer? Curso uma faculdade, estudo, meus pais pagam tudo para eu viver em outra cidade, morro de amores, vou a poucas festas, dôo ( presente do verbo doar) roupas de inverno, comida, quero fazer estágio em política de nutrição social, quero ajudar as pessoas a emagrecer e a terem força, a se recuperarem e a morrerem felizes. Quão boa sou eu! E de quê adianta viver neste mundo "normal" se há uma empresa muito bem sucedida que trabalha com narcóticos ganha rios de dinheiro e tem milhares de pessoas? Se o Marcola gaba-se por ler Dante na prisão e faz pela sua gente o que o governo não faz por nós, se há pessoas se desempregando para ganhar ao menos um dos mil e quinhentos programas de ajuda financeira que o governo tem, o que deveriam fazer as pessoas? Comprar porcelanas para seus filhos venderem quando essas morrerem.

Minhas palavras são assim, sem planejamento, sem sentido, e muitas vezes se razão alguma.

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